Catarina
Schutz Zell
(1497-1562), de Estrasburgo, era uma mulher culta, leitora de Lutero; casou-se
com um sacerdote que sofreu a excomunhão. Para defender o esposo, escreveu ao
bispo cartas de protesto em defesa do casamento clerical:
Você me
lembra que o apóstolo Paulo disse que as mulheres estejam caladas na Igreja. Eu
desejo lembrar-lhe as palavras do mesmo apóstolo de que em Cristo não há mais
macho nem fêmea, e a profecia de Joel: "Derramarei do meu espírito sobre
toda a carne e seus filhos e suas filhas profetizarão". Não pretendo ser
João Batista repreendendo os fariseus. Não alego ser Natan censurando Davi. Só
aspiro ser a besta de Balaão castigando o seu senhor (7).
Recebia em casa muitos líderes da Reforma, entre
eles Calvino. Além de acolher em casa pessoas perseguidas por causa da
Reforma., Catarina Zell também escrevia muito, e em suas cartas incentivava as
mulheres dos fugitivos a permanecerem firmes na fé. Estes escritos foram
publicados como tratado de consolação. Escreveu também comentários sobre os
Salmos 51 e 130, sobre a oração dominical e o Credo. Prestou serviços de
acolhida a flagelados, exercendo o ministério da visitação. Intercerdeu por
melhorias hospitalares. Pregou diversas vezes, inclusive na morte do esposo.
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